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Bora Belém define estratégias para ampliar atendimento

O programa da renda cidadã Bora Belém já atende cinco mil famílias consideradas de extrema pobreza. Com isso, novas estratégias serão implementadas para ampliar o atendimento à população mais vulnerável. A informação é do comitê gestor, que se reuniu na manhã desta sexta-feira, no auditório da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (Segep), para avaliar os cinco meses de existência do programa.

Uma das ações para aumentar o alcance do Bora Belém será a realização de uma busca ativa integrada dos órgãos municipais no enfrentamento à exclusão social. “Essa busca não visa apenas pessoas em vulnerabilidade social, mas também em saúde, educação e moradia. E não somente as que estão cadastradas no CadÚnico”, destaca a coordenadora do Bora Belém Educação da Semec, Márcia Carvalho.

Outra estratégia é a capacitação e formação profissional de mães já atendidas pelo programa, através do projeto Donas de Si, executado pelo Banco do Povo de Belém. A iniciativa começa pelos bairros do Tapanã e Bengui. Sessenta mulheres já foram selecionadas para participarem do curso de processamento de frutas, produção de geleias doces e salgadas, compotas e licores.

Nesses bairros, o treinamento, dividido em quatro turmas, vai ocorrer de 28 de junho a 23 de julho, em parceria com os serviços de Aprendizagem Rural (Senar) e Industrial (Senai). “Após os 15 dias de curso, as mães estarão aptas a produzirem, mas serão incentivadas a se organizarem coletivamente. Para isso, receberão formação de empreendedorismo”, informa coordenadora do BPB, Georgina Galvão.

O secretário municipal de Economia, Apolônio Brasileiro, que também participa do comitê gestor do Bora Belém, anunciou alternativas para a venda dos produtos confeccionados por pessoas atendidas pelo projeto Donas de Si. “As trabalhadoras poderão vender seus produtos em feiras e mercados municipais e até em eventos. Elas terão espaço para comercializar e serão incentivadas para isso”, afirma.

Para o secretário municipal de Planejamento e Gestão, Cláudio Puty, coordenador do comitê gestor do Bora Belém, a avaliação dos cinco meses de existência do programa é positiva. “O Bora Belém avançou e agora estamos integrando ações intersetoriais para ampliar o enfrentamento da extrema pobreza. São ações muito além do auxílio mensal, que vão proporcionar capacitação, formação profissional e empreendedorismo aos beneficiários. Com isso, eles terão oportunidade de renda e trabalho”, explica Puty.

Também participaram da reunião, o presidente da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Alfredo Costa, e o secretário-adjunto de Economia, Carlos Marques.

O programa de renda cidadã Bora Belém foi lançado pelo prefeito Edmilson Rodrigues no dia 12 de janeiro, em parceria com o governo do Estado, como forma de enfrentamento à extrema pobreza agravada pela pandemia do novo coronavírus e a crise econômica do país.

As pessoas em situação de vulnerabilidade social, inscritas no CadÚnico, o cadastro do governo federal de políticas públicas para pessoas de baixa renda, recebem mensalmente um auxílio de até R$ 450. O programa também garante capacitação, formação profissional e incentivo ao empreendedorismo às pessoas beneficiadas.

Texto:
Álvaro Vinente